Doença psicossomática
que se constitui em uma síndrome dolorosa que acomete principalmente mulheres
na faixa de 30-50 anos. Em homens é mais difícil diagnosticar provavelmente
porque ele se recusa a procurar ajuda quando começa a sentir as dores, ou
porque é uma doença de características gerais femininas, e provavelmente tem a
ver com as renúncias que se faz no decorrer da vida. É uma doença subjetiva e
de origem desconhecida, e por isto, de difícil diagnóstico, por não ser
visualmente observável.
No ambiente social e
profissional o fibromiálgico sofre a partir de vários fatores, e o maior influenciador é a incompreensão das
pessoas. O desconhecimento e falta de preparação dos médicos impede o rápido
diagnóstico e a orientação aos familiares, amigos e chefes, já que no trabalho
torna-se impossível para ele exercer sua atividade laborativa de rotina com
bem-estar, devido às fortes dores musculares e cefaléia, falta de energia e
disposição, alteração do sono e distúrbios emocionais.
Emoção
e lesão
Acometimento de base emocioncal, a “fibro” tem
sido um desafio para médicos e psiquiatras, por não ser detectável em exames clínicos
e não provocar nenhuma deformação no organismo. O corpo torna-se o depositário
das respostas subsequentes a emoções negativas – aquelas que geram experiências
emocionais desagradáveis – chegando à conversão invisível, uma vez estabelecida
a ansiedade patológica ( a que encontra-se presente há mais de 3 meses).
De acordo com Ballone (2007), “...Quando a pessoa
experimenta altos níveis de ansiedade,
durante tempo prolongado, seu bem estar psicológico se encontra seriamente
prejudicado, seus sistemas fisiológicos podem se alterar por excesso de
solicitação, seu sistema imunológico pode ser incapaz de defender seu
organismo, seus processos cognitivos podem estar prejudicados provocando uma
diminuição do rendimento e, finalmente, a evitação das situações que provocam
essas reações ansiosas pode comprometer sua vida sócio-ocupacional...”.
Ao tentar livrar-se
dessas emoções negativas as pessoas geralmente saem no prejuízo, pois
violentarão a si próprias, de vez que forçar-se-ão a aparentar tranquilidade.
Assim, certamente desenvolverão alto teor de reatividade fisiológica. “ São
pessoas que se obrigam, pelo papel social que desempenham, a dissimular
sentimentos diuturnamente, mas nem por isso significa que não estão experimentando
intimamente tais emoções.” O resultado de tal escamoteamento do desgaste
pelo esforço em se livrar de emoções pode ser muito alto, indo desembocar em
algum lugar do organismo. No caso da fibromialgia as regiões-alvo situam-se nas
costas, ombros, braços e pernas, com significado importante: o de uma pessoa
que toma para si as sobrecargas da vida.
Para exemplificar bem, costumo dizer às pacientes que nós, seres humanos do lado ocidental, já nascemos sob o signo da cruz, aquele peso que Jesus carregou nas costas para pagar pelo pecado de todos os homens, nascidos e por nascer. Querendo ou não, crescemos ouvindo sobre o suplício de Cristo, e a tendência é sentirmo-nos culpados por todo aquele sofrimento a ele infligido. Dito de forma rude, podemos concluir que a mulher abarcou para si esse peso, e passa boa parte da sua vida em uma renúncia inconsciente e silenciosa de si mesma: ela vive para os outros: filhos, marido, outras pessoas da família, casa, profissão, igreja... etc. Nesse contexto, tudo e todos são importantes: ela não. Ela pode renunciar, inexistir.
Ocorre, porém, que ela tem um corpo orgânico. Uma matéria que requer espaço e cuidado, que ela não teve durante décadas. E assim, a emoção dá lugar à lesão. O corpo passou a vida quase toda dizendo: "Ei, eu existo, estou aqui!". Mas ela teve que se recusar a ouvir, porque não percebia que teria que traçar as suas prioridades, e que ela própria deveria estar no topo da lista. Tudo era prioridade, menos ela. DAÍ O CORPO NÃO TEVE OUTRA ESCOLHA, SENÃO ENTRAR NA CONVERSÃO.
Como cada ser humano adoece do jeito que pode, uns têm vitiligo, outros, câncer, outros, gastrite, ulcera, etc... E a mulher, em geral, tem fibromialgia, síndrome do ninho vazio, síndrome da fadiga crônica, síndrome de Burnout, etc. etc, etc.
Para exemplificar bem, costumo dizer às pacientes que nós, seres humanos do lado ocidental, já nascemos sob o signo da cruz, aquele peso que Jesus carregou nas costas para pagar pelo pecado de todos os homens, nascidos e por nascer. Querendo ou não, crescemos ouvindo sobre o suplício de Cristo, e a tendência é sentirmo-nos culpados por todo aquele sofrimento a ele infligido. Dito de forma rude, podemos concluir que a mulher abarcou para si esse peso, e passa boa parte da sua vida em uma renúncia inconsciente e silenciosa de si mesma: ela vive para os outros: filhos, marido, outras pessoas da família, casa, profissão, igreja... etc. Nesse contexto, tudo e todos são importantes: ela não. Ela pode renunciar, inexistir.
Ocorre, porém, que ela tem um corpo orgânico. Uma matéria que requer espaço e cuidado, que ela não teve durante décadas. E assim, a emoção dá lugar à lesão. O corpo passou a vida quase toda dizendo: "Ei, eu existo, estou aqui!". Mas ela teve que se recusar a ouvir, porque não percebia que teria que traçar as suas prioridades, e que ela própria deveria estar no topo da lista. Tudo era prioridade, menos ela. DAÍ O CORPO NÃO TEVE OUTRA ESCOLHA, SENÃO ENTRAR NA CONVERSÃO.
Como cada ser humano adoece do jeito que pode, uns têm vitiligo, outros, câncer, outros, gastrite, ulcera, etc... E a mulher, em geral, tem fibromialgia, síndrome do ninho vazio, síndrome da fadiga crônica, síndrome de Burnout, etc. etc, etc.
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REFERENCIAS
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